Reformando uma Giannini GI300

Para terminar as postagens de 2018, vou comentar a respeito da reforma que fiz em uma Giannini GI300 antiga, com o shape do headstock ainda igual às stratos Fender.

Comprei a guitarra no começo deste ano, e achei que a guitarra merecia alguns upgrades e uma boa reforma, pois estava parada, sem corda. Como percebi que o braço estava bem regulado, e as tarrachas não desafinavam, resolvi investir. E o resultado ficou ótimo. 


O luthier foi o Cláudio Suzuki de Ourinhos-SP. Além da limpeza, foi feita uma blindagem com tinta condutiva na cavidade dos captadores.
O escudo perolado original foi trocado por um branco 3ply levemente relicado, para não destoar do aspecto vintage do instrumento.
Captadores: foi colocado um Seymour Duncan SSL-1 no braço, o que deixou a guitarra com som bem clássico de strato. No meio, foi mantido o captador original, e na ponte foi instalado um mini-humbucker da Malagoli, modelo HH777, para dar mais versatilidade à guitarra. Plausível comentar que, apesar de ser um humbucker e ter mais saída que um single, este captador combinou bem com guitarra, pois a diferença de volume não é tão gritante, o captador não tem tanto agudo (ficando com som equilibrado se comparado ao cap do braço) e não tem tanto ganho quanto um humbucker normal.
Com relação à alavanca, o luthier deixou-a bem macia e com estilo flutuante, podendo tanto abaixar quanto subir a afinação.
Finalmente, para reforçar o estilo clássico, coloquei uma correia Basso vintage.

A ideia foi deixar a guitarra próxima da aparência da Blackie do Eric Clapton, devido ao corpo preto com escudo branco e a escala clara de maple.  Mas obviamente, com um orçamento modesto e com um humbucker na ponte.

Já testei a guitarra em ensaios e shows, e ficou extremamente profissional, desafinando muito pouco, com timbre satisfatório, embora obviamente devido à madeira do corpo ser bem leve e fina, e fino também o braço, a guitarra tem um timbre um pouco mais magro característico de strato. Mas o captador do braço tem um mojo ótimo para bases funkeadas e funciona bem para solar, com grave e definição (testei incluso tocando Pink Floyd, e ela transitou otimamente pelos solos de David Gilmour). E o captador da ponte atende bem à proposta de sons mais pesados, distorcendo facilmente e produzindo um som firme e sem exageros.



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