Os melhores discos de 2011
2012 começando, hora de passar uma régua nos lançamentos de 2011.
Para começar a resenha, uma lista aleatória de alguns discos lançados ano passado que transitaram pelos meus ouvidos:
George Benson - Guitar Man
Christian McBride Big Band - The Good Feeling - Jazz
Jorge Vercillo - Como Diria Blavatsky - MPB
Paulinho Guitarra - Romantic Lovers - guitarra instrumental
Metallica & Lou Reed - Lulu
Metallica - Beyond Magnetic [EP]
Maria Gadu - Mais Uma Página - MPB
Marisa Monte - iTunes Live from São Paulo - EP - vendido só pelo iTunes
Marisa Monte - O Que Você Quer Saber de Verdade
Simply Red - Farewell - Live In Concert At Sydney Opera House
Black Rio - Supernova
John Scofield - A Moment's Peace - Jazz - Fusion
George Lynch - Kill All Control
Johnny Winter - Roots - Blues e rock
Larry Coryell - Montgomery
Lenny Kravitz - Black And White America
Megadeth - TH1RT3EN
Noel Gallagher's High Flying Birds - (deluxe CD) - Rock
Pagan's Mind - Heavenly Ecstasy - Prog metal
Pat Martino Quartet - Undeniable
Symphony X - Iconoclast - Progressive Metal
T-Square (Yume No Uta) T-Square Plays The Square
Tedeschi Trucks Band - Revelator
Vinicius Cantuaria & Bill Frisell - Lagrimas Mexicanas
Ana Carolina - Ensaio de Cores - Ao Vivo
Yellow Matter Custard - One More Night in New York City (tribute to the Beatles)
Yes - Fly From Here
Christopher Cross - Doctor Faith
Dave Grusin - An Evening With Dave Grusin
Beth Hart & Joe Bonamassa - Don't Explain
Azymuth - Aurora
Criolo - Nó Na Orelha
Matanza - Odiosa Natureza Humana
Dr. Sin - Animal
Dream Theater - A Dramatic Turn Of Events
Adika Pongo - Groovin Up! Hits 1997-2011 - banda italiana de disco/funk music
Corea, Clarke, White - Forever - Uma recriação do Return to Forever?
Dennis Coffey - Dennis Coffey
Dexter Gordon - Dexter Blows
Ole Børud - Keep Movin - Músico norueguês de AOR Westcoast
Quasimode - Magic Ensemble
Ridillo - Playboys - Funk
Sonny Rollins - On Impulse! - Jazz
Wynton Marsalis & Eric Clapton - Play The Blues Live From Jazz At Lincoln Center
Yellowjackets - Timeline
Mr. Big - Live from the Living Room
Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon (Immersion Box CD)
Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon [Experience Version]
Pink Floyd - Wish You Were Here (Immersion)
Beady Eye - Different Gear Still Speeding
Beady Eye - Abbey Road Session (5th February 2011)
Beady Eye - Across the Universe [EP]
Black Label Society - The Song Remains Not The Same
Black Sabbath - Dehumanizer [Deluxe Edition]
Cavalera Conspiracy - Blunt Force Trauma
Coldplay - Mylo Xyloto
Foo Fighters - Wasting Light
Gregg Allman - Jazz Fest Live 2011
Hugh Laurie - Let Them Talk
Joe Bonamassa - Dust Bowl
Journey - Eclipse
Lynyrd Skynyrd - Skynyrd Nation
Nirvana - Nevermind (Limited Super Deluxe Edition)
Ozzy Osbourne - Blizzard Of Ozz (Expanded Edition)
R.E.M. - Collapse Into Now
Red Hot Chili Peppers - I'm With You
Stryper - The Covering
SuperHeavy - SuperHeavy [Deluxe Edition]
Symfonia - In Paradisum (Japanese Edition)
Tia Carrera - Cosmic Priestess
Spyro Gyra - A Foreign Affair
Whitesnake - Forevermore
Warren Haynes - Man In Motion
TV on the Radio - Nine Types of Light
Quasimode (2011) Magic Ensemble
Agora, ao que interessa - os destaques de 2011:
A banda Beady Eye foi uma das novidades mais interessantes surgidas nos últimos tempos. A banda, é claro, lembra o Oasis, mas de uma forma bastante positiva, sem a grandiloquência da antiga banda dos irmãos Gallagher. Aliás, falando neles, agora, é um pra cada lado. Os fãs ganharam duas opções para curtir o Oasis sound, já que Noel Gallagher lançou também seu 'High Flying Birds' em 2011. E o disco do Beady Eye, de Liam Gallagher e cia., ficou no meu top mesmo eu não sendo um super-ultra fã de Oasis. "The Roller", "Four Letter Word" e "Man of Misery" são alguns destaques.
Falando do disco de Noel Gallagher, a tal grandiloquência que o acompanha não deixou maçante seu trabalho de estreia, mas ao contrário, impingiu um ar mais atmosférico e de trilha sonora de blockbuster, caso da faixa de abertura e de "The Death Of You and Me". Já "If Had a Gun..." é uma espécie de atualização sonora de "Wonderwall". Um bom e honesto disco.
Falando do disco de Noel Gallagher, a tal grandiloquência que o acompanha não deixou maçante seu trabalho de estreia, mas ao contrário, impingiu um ar mais atmosférico e de trilha sonora de blockbuster, caso da faixa de abertura e de "The Death Of You and Me". Já "If Had a Gun..." é uma espécie de atualização sonora de "Wonderwall". Um bom e honesto disco.
Jorge Vercilo veio com um disco muito bonito, com harmonias suaves e melodias ganchudas, principalmente ouvindo-o novamente. Algumas letras beiraram o clichê, e alguns temas morais/éticos ficaram meio blasé, mas no geral o disco é muito carismático. A semelhança eterna e indesejada com Djavan só fica exposta nos poucos sambas do disco.
Marisa Monte dividiu opiniões no seu "O Que Você Quer Saber de Verdade", que para muitos mostrou uma sonoridade brega da artista. Particularmente gostei de várias, o disco começa bem, e só vai 'degringolando' mais pro fim. Tem clássicos que vão virar hits, como "Depois" e "Ainda Bem". Destaque para o esquema de divulgação do disco novo, incluindo video-clipe com o lutador Anderson Silva, vídeos com cifras no Youtube, show para lançamento do iTunes Brasil e muito mais. A moça sabe o riscado do business musical. E, no meio de tantas covers de Marisa Monte e tantas cantoras 'muderninhas', ainda prefiro a original, mesmo que ela mesma esteja buscando um upgrade estilístico desnecessário.
O disco novo do Foo Figthers é incrivelmente bem feito, mesmo tendo sido gravado na garagem de Dave Grhol (o que não quer dizer nada, já que havia cerca de 700 mil dolares de equipamento à disposição!!!). De cara, o Cd vale pela música e pelo clipe de "Walk".
Grhol tem a manha de fazer música pop em meio ao barulho das guitarras. Um dos artistas mais completos de nossa geração. Toca com todo mundo e, junto do baterista e super vocalista Taylor Hawkins, encara qualquer jam, show ou evento de rock e sempre faz bonito.
Grhol tem a manha de fazer música pop em meio ao barulho das guitarras. Um dos artistas mais completos de nossa geração. Toca com todo mundo e, junto do baterista e super vocalista Taylor Hawkins, encara qualquer jam, show ou evento de rock e sempre faz bonito.
Coldplay ainda cativa pelas composições, mas o próprio fato da mídia criada em cima da divulgação de 'Mylo Xyloto' traz junto todo um mundo de críticas negativas. Pra mim, a única bola fora foi convidar a Rihanna. Destaques para "Paradise", "Every Teardrop is a Waterfall", "Up in Flames", e "U.F.O.".
Metallica & Lou Reed fizeram um disco bastante interessante e inovador, o qual gostei muito, mas realmente não é indicado para 'amadores'. Tanto os fãs de Metallica quanto de Lou Reed meteram o pau. Normal.
2011 foi um bom ano também para a banda Dr. Sin, que fez vários shows importantes (com a Sinfônica de São Paulo, com o tributo ao Wander Taffo, etc), e lançou o CD "Animal". De cara, a 'novidade' é a faixa "May The Force Be With You", toda alusiva ao universo Star Wars, o que com certeza, fez angariar ainda mais fãs ao power trio. O interessante a se destacar no disco como um todo é unicidade e integridade da banda ao seu estilo, não há mudanças drásticas na sonoridade, mas também não é caso aqui de falar em mais do mesmo. A banda soube criar novas idéias e frases/melodias inovadoras sem sair de sua proposta musical. E isso é muito bom. A influência de Mattias IA Eklundh (Freak Kitchen) ainda repousa em Edu Ardanuy, mas com menos frequência. "Train of Pain" traz inspirações sabatthianas no começo, e "Pray For Tomorrow" traz a nítida harmonia de "Balada do Louco" em sua introdução. Falando ainda em influências, eles prestam uma grande homenagem a Dio na faixa "The King", que relembra idéias de "Rainbow in the Dark" e "Heaven and Hell". Pra não alongar mais, um grande disco!
2011 foi um bom ano também para a banda Dr. Sin, que fez vários shows importantes (com a Sinfônica de São Paulo, com o tributo ao Wander Taffo, etc), e lançou o CD "Animal". De cara, a 'novidade' é a faixa "May The Force Be With You", toda alusiva ao universo Star Wars, o que com certeza, fez angariar ainda mais fãs ao power trio. O interessante a se destacar no disco como um todo é unicidade e integridade da banda ao seu estilo, não há mudanças drásticas na sonoridade, mas também não é caso aqui de falar em mais do mesmo. A banda soube criar novas idéias e frases/melodias inovadoras sem sair de sua proposta musical. E isso é muito bom. A influência de Mattias IA Eklundh (Freak Kitchen) ainda repousa em Edu Ardanuy, mas com menos frequência. "Train of Pain" traz inspirações sabatthianas no começo, e "Pray For Tomorrow" traz a nítida harmonia de "Balada do Louco" em sua introdução. Falando ainda em influências, eles prestam uma grande homenagem a Dio na faixa "The King", que relembra idéias de "Rainbow in the Dark" e "Heaven and Hell". Pra não alongar mais, um grande disco!
Dream Theater, com um novo baterista, trouxe de volta uma atmosfera de álbuns mais antigos, o que achei ótimo. Portnoy tem talento, é claro, mas a ideia de colocar vozes guturais não combina com a proposta da banda, IMHO. Bem-vindo, Mike Mangini! Destaques para "On the Backs of Angels", "This is the Life" e "Breaking All Illusions".
Paulinho Guitarra lançou mais um álbum instrumental, mas desta vez com uma proposta e roupagem diferente da habitual. Ao invés de comentar aqui de maneira resumida, vou fazer uma resenha completa e caprichada deste disco em postagem próxima.
Paulinho Guitarra lançou mais um álbum instrumental, mas desta vez com uma proposta e roupagem diferente da habitual. Ao invés de comentar aqui de maneira resumida, vou fazer uma resenha completa e caprichada deste disco em postagem próxima.
O supergrupo SuperHeavy não me cativou. Aliás, supergrupos criam muitas expectativas, quase sempre frustradas, já que se espera muito de um time de grandes artistas, como este no caso que tem Mick Jagger, o produtor e guitarrista Dave Stewart e etc. Talvez o fator de desgosto tenha sido o estilo predominante, um reggae/dub pop, evidenciado pela presença de Damian Marley.
Adoro a voz de Joss Stone, mas senti falta de rocks de verdade, e Mr. Jagger também poderia ter contribuído mais positivamente neste sentido. Dave Stewart ficou tão preocupado em produzir algo pop, que esqueceu do bom e velho rock'n'roll. As boas exceções são "I Can't Take It No More" e "Warring People".
Falando em supertime, o Symfonia também não foi surpreendente, visto que bateram da mesma forma em um estilo já desgastado pela repetição de clichês melódicos. Muitas lembranças de Stratovarius, mais do mesmo metal sinfônico basicamente. O grande vocal de André Matos poderia ser melhor aproveitado. Aliás, este disco parece muito como se André tivesse integrado o Stratovarius antes de formar o Angra, o vocal dele lembra muito aquela fase aguda pós-Viper. A faixa "Come by the Hills" até começa de maneira enérgica, mas decai num ritmo mais lento, e nem o refrão repleto de backings consegue animar. E o timbre ultrasupermega hi-gain de Timo Tolkki está horrivelmente embolado, estragando a potencialidade de seus riffs. Mais o CD vale como um projeto dois ícones do estilo, e deve ter agradado os fãs das antigas.
R.E.M termina a carreira em grande forma com "Collapse into Now", com canções que evocam épocas passadas, como "Überlin" e "Oh, my Heart". A bela atmosfera acústica encontra grande espaço em meio ao barulho causal do grupo, e este ar folk impinge uma intimidade e leveza envolvente. Um grande disco sim. Fica a certeza que, em algum lugar à frente no tempo, a banda se reunirá novamente, it's just a matter of time.
Muitos discos ainda por comentar, mas encerro antes que o texto fique deveras enfandonho.
Resumo da história: em meio aos lançamentos de 2011, muita coisa boa ainda, apesar de tanto lixo musical que se espalha pelo mundo.
Quero citar ainda como interessantes: o disco do Ole Børud, um westcoast AOR de primeira linha, as reedições do Pink Floyd, todas incríveis, com vários adendos e faixas exclusivas, assim como Ozzy e Nirvana, com reedições realmente interessantes. O Azymuth, com "Aurora", como sempre, incríveis. E o disco do Eric Clapton com Wintor Marsalis onde, apesar da guitarra de Mr. Slowhand ficar escondida a maior parte do tempo, ainda resultou interessante pelo estilo e pela fluência dos escolados músicos.
Um ponto negativo geral a ser citado é a falta de um lançamento de uma boa banda de rock nacional.
Aguardo comentários de qual foram os lançamentos prediletos de vocês em 2011. Se alguém quiser discordar do meu texto, também está à vontade. Só não serão permitidas postagens de fãs imbecis e xingamentos sem sentido...
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